Andar a pé ou de bicicleta evita câncer, infarto e derrame

Há muito tempo se sabe que atividade física faz bem para a saúde, e a falta de atividade física é um dos 10 principais fatores de risco para a nossa saúde. Uma forma de resolver isso é através de exercício físico (atividade física planejada), mas na prática pouca gente tem tempo. Outra forma é incorporar a atividade física no dia-a-dia, como no deslocamento para o trabalho.

Em um estudo recém publicado pela revista The BMJ, pesquisadores da Escócia analisaram dados sobre morte e internação hospitalar para mais de 250 mil pessoas que trabalhavam fora de casa, participantes de uma pesquisa com base populacional. Essas pessoas eram homens e mulheres com 40 a 69 anos de idade, e num dia típico 5,4% iam a pé para o trabalho, 2,5% iam de bicicleta, e 13,7% misturavam algum desses meios de transporte ativo com algum meio passivo, como dirigir carro.

Gráfico de floresta para a associação entre a forma de deslocamento para o trabalho e o risco de morte ou internação por doenças cardiovasculares, por câncer, ou (morte) por qualquer causa.

© 2017 Carlos A Celis-Morales, Donald M Lyall, Paul Welsh, Jana Anderson, Lewis Steell, Yibing Guo, Reno Maldonado, Daniel F Mackay, Jill P Pell, Naveed Sattar, Jason M R Gill. CC BY 4.0.

As pessoas que iam trabalhar de bicicleta tiveram uma mortalidade 40% menor do que aquelas que utilizavam meios de transporte passivos. Além disso, quem ia trabalhar de bicleta ou a pé tinha menor risco de internação e de morte por doenças circulatórias (como infarto cardíaco e derrame), e quem ia trabalhar de bicicleta tinha menor risco de internação e de morte por câncer. Quanto maior a distância percorrida, maior o efeito protetor.

Como os autores comentam, quem ia trabalhar a pé ou de bicicleta tinha por isso uma quantidade maior de atividade física ao longo da semana, o que já se sabe estar associado a um menor risco de doenças não transmissíveis, em especial doenças do aparelho circulatório e câncer. Dessa forma, os resultados do estudo sugerem que políticas de incentivo ao deslocamento ativo, como a demarcação de cilorrotas e o compartilhamento de bicicletas, ajudem a manter as pessoas saudáveis por mais tempo.

Pessoalmente, ando cerca de 2,5 quilômetros a pé num dia típico, mas dificilmente faço ambos os percursos a pé, de forma que me enquadro no que os autores chamaram de “modalidade mista: a pé”. (Também procuro me manter ativo durante o trabalho, por exemplo andando para outros setores em vez de telefonar, e usando as escadas em vez de o elevador.) Os resultados desse estudo são um incentivo para ir trabalhar de bicicleta, mas a segurança do trânsito no Brasil não é tão boa quando no Reino Unido…

Agradeço aos médicos de família espanhóis Juan Gervás e Mercedes Pérez Fernández pela dica do artigo.

Um comentário em “Andar a pé ou de bicicleta evita câncer, infarto e derrame

  1. Monique Batista dos Santos

    Doutor minha menstruação veio dia 17 de abril mas antes dela descer tava muito enjoada aí ela desceu fiz um teste deu negativo aí a médica falou que dia 3 de maio se não dessece era pra mim respeite só que não repeti tou sentido umas dor fraquinha tipo cólica no pé da barriga e um encomodo no per da barriga será que estou grávida?

    Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *