{"id":2546,"date":"2011-08-11T03:00:49","date_gmt":"2011-08-11T06:00:49","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=2546"},"modified":"2011-07-31T17:06:46","modified_gmt":"2011-07-31T20:06:46","slug":"a-tuberculose-no-brasil-em-numeros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2011\/08\/11\/a-tuberculose-no-brasil-em-numeros\/","title":{"rendered":"A tuberculose no Brasil, em n\u00fameros"},"content":{"rendered":"

Ano passado escrevi um artigo sobre a evolu\u00e7\u00e3o dos sintomas da tuberculose<\/a>, sem citar n\u00fameros. Acontece que manter-me atualizado e escrever neste blog<\/span> s\u00e3o coisas que andam de m\u00e3os dadas, de forma que resolvi escrever um novo artigo sobre o assunto, desta vez esclarecendo a dimens\u00e3o do problema.<\/p>\n

\"Col\u00f4nias<\/a><\/p>\n

O Brasil \u00e9 um dos 22 pa\u00edses que det\u00eam 80% da tuberculose do mundo. Em 2010, 71 mil pessoas desenvolveram a doen\u00e7a no pa\u00eds; quase 5 mil morreram. Isso porque hoje em dia j\u00e1 existe um tratamento eficaz e gratuito; antigamente a mortalidade era de 70%.<\/p>\n

<\/p>\n

As pessoas contraem a tuberculose por conviverem com outras pessoas com a doen\u00e7a. 57% das pessoas com tuberculose s\u00e3o contagiosas: nelas, o germe invadiu os pulm\u00f5es e est\u00e1 presente nas got\u00edculas da fala e da respira\u00e7\u00e3o. As pessoas deixam de ser contagiosas com 15 dias de tratamento, mas s\u00f3 se curam com 6 meses.<\/p>\n

A vacina BCG s\u00f3 previne contra as formas mais graves da tuberculose, como por exemplo a meningite por tuberculose. Al\u00e9m disso, a vacina do rec\u00e9m-nascido perde efeito ap\u00f3s os 5 anos de idade, e n\u00e3o adianta dar um refor\u00e7o.<\/p>\n

Para uma pessoa saber se foi contaminada pela tuberculose, ela precisa fazer um exame chamado teste tubercul\u00ednico, atrav\u00e9s da inje\u00e7\u00e3o intrad\u00e9rmica (na pele) de uma subst\u00e2ncia chamada PPD<\/abbr>. O resultado \u00e9 conferido 2 a 3 dias depois. Se a pessoa formar uma rea\u00e7\u00e3o com 5mm de largura ou mais, significa que ela est\u00e1 com tuberculose latente, ou seja, foi contaminada mas n\u00e3o apresenta sintomas.<\/p>\n

O sistema imune da pessoa costuma dar conta de livrar a pessoa da tuberculose latente, mas nem sempre. O risco de desenvolver os sintomas da tuberculose \u00e9 estimado em 6,6%.<\/p>\n

At\u00e9 pouco tempo, o Brasil s\u00f3 tratava pessoas com tuberculose latente se tivessem uma rea\u00e7\u00e3o igual ou maior que 10mm. Isso vem mudando desde 2009, quando pesquisadores brasileiros publicaram um estudo comprovando que o risco de adoecer com uma rea\u00e7\u00e3o de 5 a 9mm era praticamente igual ao de adoecer com uma rea\u00e7\u00e3o a partir de 10mm.<\/p>\n

Seu risco de adoecer depende de v\u00e1rios fatores, inclusive de onde voc\u00ea mora, e onde (e com o qu\u00ea) voc\u00ea trabalha. Em especial, gostaria de aproveitar para lembrar que os agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade t\u00eam um risco de contrair tuberculose maior do que o da popula\u00e7\u00e3o geral<\/a>.<\/p>\n

E, mais importante ainda: qualquer pessoa com tosse h\u00e1 duas semanas ou mais precisa consultar um m\u00e9dico<\/strong>. Mesmo que a tosse seja leve! A grande maioria dos casos precisa de tratamento espec\u00edfico, ou seja, a causa n\u00e3o vai embora sozinha. (Leia tamb\u00e9m: Como identificar os sintomas da sinusite<\/a><\/q>.)<\/p>\n

Refer\u00eancias: Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, 2010<\/a>; Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, 2011<\/a>; Tiemersma e colaboradores, 2011<\/a>; Cailleaux-Cezar e colaboradores, 2009<\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Sem o tratamento, a tuberculose mata 70% das pessoas que desenvolvem os sintomas.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[104,55,91],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2546"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2546"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2546\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":2583,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2546\/revisions\/2583"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2546"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2546"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2546"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}