{"id":2928,"date":"2011-12-12T03:00:11","date_gmt":"2011-12-12T05:00:11","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=2928"},"modified":"2011-12-09T09:10:23","modified_gmt":"2011-12-09T11:10:23","slug":"senado-federal-regulamenta-emenda-29-as-avessas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2011\/12\/12\/senado-federal-regulamenta-emenda-29-as-avessas\/","title":{"rendered":"Senado Federal regulamenta Emenda 29 \u00e0s avessas"},"content":{"rendered":"
Eu j\u00e1 comentei<\/a> a regulamenta\u00e7\u00e3o da Emenda Constitucional n\u00ba 29 em setembro, pouco antes de sua vota\u00e7\u00e3o na C\u00e2mara dos Deputados. Enfim, o projeto de lei foi aprovado, mas com uma modifica\u00e7\u00e3o que impediria, na pr\u00e1tica, o governo de cobrar a Contribui\u00e7\u00e3o Social para a Sa\u00fade<\/a>. Por causa dessa modifica\u00e7\u00e3o, o projeto de lei teve que voltar para o Senado para nova vota\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Quarta-feira dia 7 o Senado aprovou o projeto de lei<\/a>, por 70 votos contra 1. S\u00f3 que o texto aprovado incluiu uma modifica\u00e7\u00e3o que desobriga o governo federal<\/strong> de gastar pelo menos 10% do seu or\u00e7amento com sa\u00fade. A principal utilidade da regulamenta\u00e7\u00e3o da Emenda Constitucional n\u00ba 29 seria justamente exigir esses 10% do governo federal; a outra finalidade (definir o que \u00e9 gasto com sa\u00fade) j\u00e1 estava contemplada por uma resolu\u00e7\u00e3o do Conselho Nacional de Sa\u00fade.<\/p>\n <\/p>\n Qualquer pa\u00eds do mundo com um sistema de sa\u00fade universal e gratuito gasta pelo menos 6,5% do PIB com sa\u00fade p\u00fablica<\/a>. No Brasil, gastamos 3,7%. Se o governo federal fosse obrigado a colocar 10% do seu or\u00e7amento na sa\u00fade, calculo que o SUS teria \u00e0 sua disposi\u00e7\u00e3o cerca de 4,7% do PIB brasileiro. Ainda n\u00e3o ter\u00edamos um sistema de sa\u00fade \u00e0 altura do que diz a Constitui\u00e7\u00e3o, mas j\u00e1 seria o suficiente para aumentar em 1,44% a renda das fam\u00edlias brasileiras, e reduzir em 1,5% a desigualdade de renda, de acordo com o IPEA<\/abbr><\/a>.<\/p>\n