{"id":4131,"date":"2015-08-14T18:00:49","date_gmt":"2015-08-14T21:00:49","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=4131"},"modified":"2015-08-14T18:00:49","modified_gmt":"2015-08-14T21:00:49","slug":"as-10-piores-doencas-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2015\/08\/14\/as-10-piores-doencas-no-brasil\/","title":{"rendered":"As 10 piores doen\u00e7as no Brasil"},"content":{"rendered":"

Estou listando os grupos de doen\u00e7as (e outros danos \u00e0 sa\u00fade) pelo mesmo crit\u00e9rio de meu artigo sobre os 10 principais fatores de risco para a sa\u00fade no Brasil<\/a>. Ou seja, estou levando em considera\u00e7\u00e3o o n\u00famero de pessoas afetadas, o grau de incapacidade das pessoas vivas, e a precocidade das mortes.<\/p>\n

    \n
  1. As doen\u00e7as card\u00edacas e circulat\u00f3rias<\/strong> como o infarto e o derrame (AVC<\/abbr>) somam 15% da carga de doen\u00e7a. A boa not\u00edcia \u00e9 que essa carga de doen\u00e7a diminuiu em 33% desde 1990! (Leia tamb\u00e9m: \u201cA sa\u00fade do brasileiro est\u00e1 melhorando ano ap\u00f3s ano<\/a>\u201d, e \u201cSa\u00fade da Fam\u00edlia previne mortes por infarto e derrame<\/a>\u201c.)<\/li>\n
  2. Os transtornes mentais e do comportamento<\/strong>, como depress\u00e3o, ansiedade e abuso do \u00e1lcool, somam 12% da carga de doen\u00e7a. (Leia tamb\u00e9m: \u201cComo saber se voc\u00ea est\u00e1 com depress\u00e3o<\/a>\u201d, e \u201cVoc\u00ea sabe beber com modera\u00e7\u00e3o?<\/a>\u201d)<\/li>\n
  3. Os transtornos m\u00fasculo-esquel\u00e9ticos<\/strong>, principalmente dor inespec\u00edfica nas costas e no pesco\u00e7o, somam 9% da carga de doen\u00e7a.<\/li>\n
  4. Os c\u00e2nceres<\/strong> somam 8% da carga de doen\u00e7a. Esse percentual \u00e9 distribu\u00eddo entre v\u00e1rios tipos de c\u00e2ncer; os principais s\u00e3o os c\u00e2nceres de pulm\u00e3o, os c\u00e2nceres de intestino grosso, e os c\u00e2nceres de mama. (Leia tamb\u00e9m: \u201cMamografia aos 40 anos \u00e9 controversa<\/a>\u201d, \u201cMamografia pode ser feita a cada 2 anos<\/a>\u201d, \u201cQuando parar de fazer mamografia<\/a>\u201d, e \u201cAutoexame das mamas faz mal \u00e0 sa\u00fade<\/a>\u201d.)<\/li>\n
  5. Os danos intencionais<\/strong>, devidos principalmente a agress\u00e3o entre pessoas, somaram 7% da carga de doen\u00e7a. Essa carga de doen\u00e7a aumentou em 13% de 1990 a 2000, mas diminuiu em 7% de 2000 a 2010.<\/li>\n
  6. O grupo formado por diabetes<\/strong> e outras doen\u00e7as end\u00f3crinas, al\u00e9m de doen\u00e7as do aparelho urin\u00e1rio e genital<\/strong> e doen\u00e7as do sangue<\/strong> (como doen\u00e7a falciforme) somaram 7% da carga de doen\u00e7a. A carga de doen\u00e7a devida exclusivamente pelo diabetes foi de 3%, e essa carga aumentou em 13% entre 1990 e 2010. (Leia tamb\u00e9m: \u201cComo prevenir o diabetes mellitus<\/a>.\u201d)<\/li>\n
  7. Os transtornos neonatais<\/strong>, como as complica\u00e7\u00f5es do parto prematuro, t\u00eam origem quando a pessoa ainda \u00e9 rec\u00e9m-nascida, somam 6% da carga de doen\u00e7a. Essa carga de doen\u00e7a diminuiu em 44% desde 1990.<\/li>\n
  8. As doen\u00e7as respirat\u00f3rias cr\u00f4nicas<\/strong>, como a doen\u00e7a pulmonar obstrutiva cr\u00f4nica (enfisema e bronquite cr\u00f4nica) e a asma, somam 5% da carga de doen\u00e7a. Essa carga de doen\u00e7a diminuiu em 31% desde 1990. (Leia tamb\u00e9m: \u201cAs doen\u00e7as causadas pelo tabagismo passivo<\/a>\u201d, \u201cComo parar de fumar<\/a>\u201d e \u201cComo usar adesivos de nicotina para parar de fumar<\/a>.\u201d)<\/li>\n
  9. A diarreia,<\/strong> as infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias baixas<\/strong> (como pneumonia), a meningite<\/strong> e outras infec\u00e7\u00f5es ainda s\u00e3o respons\u00e1veis por 5% da carga de doen\u00e7a. Por outro lado, este grupo viu as maiores redu\u00e7\u00f5es em carga de doen\u00e7a desde 1990: 82% para diarreia, 59% para pneumonia, e 62% para meningite. Em 1990, este grupo tinha a segunda maior carga de doen\u00e7a, atr\u00e1s apenas das doen\u00e7as cardiovasculares. (Leia tamb\u00e9m: \u201cSa\u00fade da Fam\u00edlia diminui mortalidade infantil<\/a>.\u201d)<\/li>\n
  10. Os danos relacionados ao transporte<\/strong>, como os acidentes de tr\u00e2nsito, s\u00e3o respons\u00e1veis por 4% da carga de doen\u00e7a. (Leia tamb\u00e9m: \u201cPor que usar cinto de seguran\u00e7a no banco de tr\u00e1s?<\/a>\u201d.)<\/li>\n<\/ol>\n

    Quando analisamos apenas os anos vividos com incapacidade, os transtornos mentais e do comportamento assumem o primeiro lugar da lista, com 28% da carga de doen\u00e7a, seguidos pelos transtornos m\u00fasculo-esquel\u00e9ticos (22%) e as doen\u00e7as respirat\u00f3rias cr\u00f4nicas (7,2%). Por outro lado, quando analisamos apenas os anos de vida perdidos (por morte precoce), as doen\u00e7as card\u00edacas e circulat\u00f3rias voltam a ocupar o primeiro lugar da lista (24% da carga de doen\u00e7a), seguidas pelos c\u00e2nceres (14%) e os danos intencionais (12%).<\/p>\n

    Essas m\u00e9dias escondem diferen\u00e7as importantes entre homens e mulheres. O sexo masculino tem praticamente o dobro de anos de vida perdidos, em compara\u00e7\u00e3o ao \u201csexo fr\u00e1gil\u201d! A diferen\u00e7a n\u00e3o est\u00e1 apenas nas chamadas causas externas<\/em>, como os danos intencionais (741% a mais) ou os danos relacionados ao tr\u00e2nsito (376% a mais). Os homens tamb\u00e9m t\u00eam mais anos de vida perdidos por problemas como as doen\u00e7as card\u00edacas e circulat\u00f3rias (38% a mais), os c\u00e2nceres (18,4% a mais) e at\u00e9 mesmo os transtornos do per\u00edodo neonatal (45% a mais).<\/p>\n

    Felizmente, a tend\u00eancia \u00e9 favor\u00e1vel tanto para homens quanto para mulheres. Descontando-se os efeitos do envelhecimento da popula\u00e7\u00e3o<\/a>, quase todos os principais problemas de sa\u00fade do Brasil ou est\u00e3o est\u00e1veis, ou est\u00e3o diminuindo de forma importante. Isso \u00e9 o resultado de uma s\u00e9rie de fatores, desde melhorias no acesso aos alimentos e \u00e0 \u00e1gua tratada at\u00e9 o desenvolvimento de novas formas de tratamento e a melhoria no acesso a servi\u00e7os de sa\u00fade.<\/p>\n

    Ainda temos muito o que melhorar, mas \u00e9 bom sabe que estamos no rumo certo!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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