{"id":131,"date":"2010-09-15T00:00:45","date_gmt":"2010-09-15T08:00:45","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=131"},"modified":"2010-09-19T09:07:33","modified_gmt":"2010-09-19T12:07:33","slug":"o-efeito-do-horario-de-verao-na-nossa-saude","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2010\/09\/15\/o-efeito-do-horario-de-verao-na-nossa-saude\/","title":{"rendered":"O efeito do hor\u00e1rio de ver\u00e3o na nossa sa\u00fade"},"content":{"rendered":"

O hor\u00e1rio de ver\u00e3o 2010\/2011 come\u00e7a dia 17 de outubro e termina dia 20 de fevereiro. Felizmente o Brasil passou a ter o per\u00edodo do hor\u00e1rio de ver\u00e3o estipulado em lei<\/a>, sem variar de um ano para o outro, mas suspeito de que muita gente continua n\u00e3o gostando mesmo assim. Por isso, corri atr\u00e1s dos estudos cient\u00edficos para saber se realmente o hor\u00e1rio de ver\u00e3o faz mal \u00e0 sa\u00fade, como dizem por a\u00ed.<\/p>\n

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As pessoas de h\u00e1bitos noturnos, assim como as que dormem menos, costumam ser mais afetados pelo in\u00edcio<\/em> do hor\u00e1rio de ver\u00e3o, enquanto as pessoas madrugradoras s\u00e3o mais prejudicadas pelo fim<\/em> do hor\u00e1rio de ver\u00e3o. Dentre os adolescentes, os que mais sofrem s\u00e3o os mais velhos. (Leia tamb\u00e9m: Quem dorme 7 horas tem menos doen\u00e7a cardiovascular<\/a><\/q>.)<\/p>\n

Um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan em 2009, encontrou maior taxa de notifica\u00e7\u00e3o de acidentes de trabalho na primeira segunda-feira do hor\u00e1rio de ver\u00e3o, associada a uma m\u00e9dia de 40 minutos a menos de sono. (Leia tamb\u00e9m: Por que os homens morrem mais cedo?<\/a><\/q>.)<\/p>\n

Dois estudos avaliaram a rela\u00e7\u00e3o entre doen\u00e7as psiqui\u00e1tricas e o hor\u00e1rio de ver\u00e3o, e descobriram n\u00e3o haver associa\u00e7\u00e3o entre os dois. (Leia tamb\u00e9m: Como saber se voc\u00ea est\u00e1 com depress\u00e3o<\/a><\/q>.)<\/p>\n

A associa\u00e7\u00e3o do hor\u00e1rio de ver\u00e3o com acidentes de tr\u00e2nsito foi mais estudada, mas \u00e9 controversa. Alguns estudos, um deles brasileiro, encontraram mais acidentes de tr\u00e2nsito no hor\u00e1rio de ver\u00e3o, mas n\u00e3o consegui ler nenhum deles. Outro estudo n\u00e3o encontrou diferen\u00e7a nos acidentes de tr\u00e2nsito no in\u00edcio ou no fim do hor\u00e1rio de ver\u00e3o, e dois estudos encontraram redu\u00e7\u00e3o no n\u00famero de acidentes de tr\u00e2nsito . Os autores consideram que o hor\u00e1rio de ver\u00e3o aumenta a luminosidade no hor\u00e1rio em que as pessoas est\u00e3o voltando do trabalho para casa, e que isso seria respons\u00e1vel pela diminui\u00e7\u00e3o dos acidentes.<\/p>\n

Os estudos foram realizados principalmente nos Estados Unidos, Canad\u00e1 e Finl\u00e2ndia, pa\u00edses em que as diferen\u00e7as entre o ver\u00e3o e o inverno s\u00e3o bem mais n\u00edtidas que no Brasil. Al\u00e9m disso, ficam no hemisf\u00e9rio norte, por isso o hor\u00e1rio de ver\u00e3o inclui f\u00e9rias mas n\u00e3o Natal, Ano Novo ou Carnaval.<\/p>\n

Resumindo, o hor\u00e1rio de ver\u00e3o n\u00e3o \u00e9 nenhuma cat\u00e1strofe de sa\u00fade, e pode at\u00e9 ter seus benef\u00edcios. O maior perigo n\u00e3o parece ser o hor\u00e1rio de ver\u00e3o em si, mas sim as transi\u00e7\u00f5es, quando se deve tomar cuidado especial em atividades perigosas como manusear m\u00e1quinas pesadas. A mesma coisa que se pode dizer a qualquer pessoa que tenha usado \u00e1lcool, que tenha tomado rem\u00e9dio que d\u00ea sono, ou que tenha dormido pouco na v\u00e9spera. (Leia tamb\u00e9m: Os 10 maiores fatores de risco para a sa\u00fade do Brasil<\/a><\/q>.)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O in\u00edcio e o fim do hor\u00e1rio de ver\u00e3o t\u00eam efeitos tempor\u00e1rios na qualidade do sono e nos acidentes de trabalho, mas a associa\u00e7\u00e3o com acidentes de tr\u00e2nsito \u00e9 controversa.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[42,19,43,41],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/131"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=131"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/131\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1337,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/131\/revisions\/1337"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=131"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=131"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=131"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}