{"id":2231,"date":"2011-04-05T00:00:46","date_gmt":"2011-04-05T03:00:46","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=2231"},"modified":"2011-04-08T18:27:46","modified_gmt":"2011-04-08T21:27:46","slug":"plantas-medicinais-tambem-podem-fazer-mal-a-saude","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2011\/04\/05\/plantas-medicinais-tambem-podem-fazer-mal-a-saude\/","title":{"rendered":"Plantas medicinais tamb\u00e9m podem fazer mal \u00e0 sa\u00fade"},"content":{"rendered":"
H\u00e1 quem acredite que o que \u00e9 natural n\u00e3o faz mal, mas a verdade \u00e9 bem mais complicada que isso. Por isso, trago a voc\u00eas um texto muito interessante sobre o assunto, escrito pelo farmac\u00eautico bioqu\u00edmico e m\u00e9dico Ot\u00e1vio Silva<\/strong>, que ali\u00e1s \u00e9 leitor do Doutor Leonardo<\/cite>. Ot\u00e1vio Silva trabalha no Programa de Apoio \u00e0 Sa\u00fade Comunit\u00e1ria para Assentamentos Rurais<\/a> (PASCAR) em \u00c1gua Boa (MG)<\/a>. <\/a><\/p>\n \nAntes de ser m\u00e9dico, me formei em Farm\u00e1cia, pela UFRJ em 1996 e me apaixonei pelas plantas medicinais quando conheci a ESF (que tornou-se posteriormente uma nova paix\u00e3o). Trabalhei em v\u00e1rios projetos comunit\u00e1rios de Farm\u00e1cias Vivas, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, fiz est\u00e1gio com o Prof. Matos da UFCE, o criador do conceito “Farm\u00e1cia Viva” e na Aracruz Celulose em Ven\u00e2ncio Aires (o projeto mais “rico” e bem equipado que j\u00e1 ouvi falar). Trabalhei manipulando plantas medicinais em farm\u00e1cias de manipula\u00e7\u00e3o e no laborat\u00f3rio de controle de qualidade de fitoter\u00e1picos da Funda\u00e7\u00e3o Bio-Rio (incubadora de empresas que funciona no campus da UFRJ), onde participei da implanta\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios protocolos de controle de qualidade com base na identifica\u00e7\u00e3o e dosagem de princ\u00edpios ativos dos produtos fitoter\u00e1picos. Fiz diversos cursos (desde o plantio at\u00e9 a manipula\u00e7\u00e3o industrial), participei de v\u00e1rios congressos e me tornei amigo pessoal de muitos especialistas e produtores \u2014 com os quais j\u00e1 n\u00e3o mantenho contato.<\/p>\n Com esta pequena “recitada” do meu CV, podem imaginar que sou um grande especialista ou entusiasta da utiliza\u00e7\u00e3o de plantas medicinais. Bom, n\u00e3o sou nenhuma das duas coisas. N\u00e3o utilizo ou receito plantas e, admito, acho muito esquisito quando algum colega o faz. O que houve comigo? Me vendi aos grandes oligop\u00f3lios? Hummmm talvez. Talvez eu tenha aprendido “demais” e a minha vontade de fazer o “certo” me levou \u00e0 imobilidade (n\u00e3o dizem que o \u00f3timo \u00e9 inimigo do bom?).<\/p>\n Seguem algumas das “regras de ouro” que me imobilizaram (n\u00e3o quero desestimular ningu\u00e9m, como aconteceu comigo, apenas, digamos… mostrar um outro lado da coisas…)<\/p>\n Ainda assim eu gostaria de trabalhar a etnobot\u00e2nica e a etnofarmacologia nos assentamentos, isto pode me deixar mais perto da comunidade e suas cren\u00e7as. Mas dar o respaldo m\u00e9dico para isto \u00e9 um risco que ainda n\u00e3o sei se estou preparado.\n<\/p><\/blockquote>\n
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