{"id":267,"date":"2010-03-26T00:00:23","date_gmt":"2010-03-26T03:00:23","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=267"},"modified":"2011-08-21T08:54:50","modified_gmt":"2011-08-21T11:54:50","slug":"anvisa-regulamenta-plantas-medicinais","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2010\/03\/26\/anvisa-regulamenta-plantas-medicinais\/","title":{"rendered":"Anvisa regulamenta plantas medicinais"},"content":{"rendered":"

Recentemente a Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa) regulamentou o uso de plantas medicinais (drogas vegetais<\/cite>), usadas pela tradi\u00e7\u00e3o popular para aliviar sintomas e curar doen\u00e7as. A resolu\u00e7\u00e3o<\/a> determina que a fabrica\u00e7\u00e3o, a importa\u00e7\u00e3o e a comercializa\u00e7\u00e3o<\/cite> das plantas medicinais passam a ser controladas pela Anvisa, mas a parte mais interessante \u00e9 o anexo que lista todas as plantas medicinais reconhecidas, com suas indica\u00e7\u00f5es, formas de uso, e efeitos colaterais<\/a>.<\/p>\n

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A flor de arnica, por exemplo, pode ser usada como analg\u00e9sico na forma de compressas 2 a 3 vezes ao dia sobre contus\u00f5es, tor\u00e7\u00f5es, fraturas e hematomas. Se a prepara\u00e7\u00e3o for concentrada demais, pode causar necrose (matar) a pele, e se for usada por mais de 7 dias pode causar alergia. N\u00e3o deve ser usada em feridas abertas, nem por via oral, porque pode causar desde diarreia at\u00e9 morte.<\/p>\n

No vocabul\u00e1rio da Anvisa, as plantas medicinais s\u00f3 s\u00e3o usadas na forma de ch\u00e1 e similares (leia a resolu\u00e7\u00e3o para mais detalhes), mas c\u00e1psulas, tinturas, comprimidos, extratos, xaropes, e outras apresenta\u00e7\u00f5es s\u00e3o consideradas fitoterapia<\/em>. Al\u00e9m do grau de processamento, a principal diferen\u00e7a entre as plantas vegetais e os fitoter\u00e1picos era que as plantas medicinais eram isentas de registro na Anvisa, o que acabou com a resolu\u00e7\u00e3o da Anvisa. Outra diferen\u00e7a \u00e9 que, enquanto todas as plantas medicinais podem ser consumidas sem prescri\u00e7\u00e3o m\u00e9dica (ou de outro profissional), alguns fitoter\u00e1picos s\u00f3 podem ser vendidos mediante receita m\u00e9dica.<\/p>\n

Pouca gente sabe, mas a maioria dos medicamentos comuns s\u00e3o extra\u00eddos de plantas, ou derivados de subst\u00e2ncias extra\u00eddas de plantas. A diferen\u00e7a \u00e9 que, nos medicamentos comuns, o princ\u00edpio ativo foi purificado, e em alguns casos modificado, de forma a aumentar a efic\u00e1cia e diminuir os efeitos colaterais. Al\u00e9m disso, os medicamentos comuns quase sempre s\u00e3o melhor estudados que os fitoter\u00e1picos e as plantas medicinais. Por isso, n\u00e3o vejo motivo algum para dar prefer\u00eancia a um fitoter\u00e1pico ou planta medicinal quando houver disponibilidade um medicamento comum.<\/p>\n

Por outro lado, a tradi\u00e7\u00e3o popular insiste em certas plantas, dando espa\u00e7o para muita engana\u00e7\u00e3o. As pessoas frequentemente atribuem capacidades inveross\u00edmeis \u00e0s plantas medicinais, e acreditam que as mesmas n\u00e3o apresentam qualquer risco. Nesse sentido, a regulamenta\u00e7\u00e3o das plantas medicinais (e anteriormente, dos fitoter\u00e1picos) \u00e9 bem vinda, ao usar a ci\u00eancia para delimitar quais plantas s\u00e3o efetivamente medicinais, e quais s\u00e3o suas propriedades e efeitos colaterais comprovados. Al\u00e9m disso, os cultivadores e comerciantes de plantas medicinais dever\u00e3o seguir as normas de qualidade da Anvisa, de onde se espera que as pessoas que recorrem \u00e0s plantas medicinais possam ter mais seguran\u00e7a tanto na identidade quanto no bom estado da planta usada.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A resolu\u00e7\u00e3o lista as drogas vegetais com efic\u00e1cia reconhecidas, com sua forma de preparo, suas indica\u00e7\u00f5es e efeitos colaterais.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[30,19,28,16],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/267"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=267"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/267\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":2609,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/267\/revisions\/2609"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=267"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=267"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=267"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}