A Revista Brasileira de Medicina de Fam\u00edlia e Comunidade<\/cite> publicou um suplemento sobre a 3\u00aa C\u00fapula Ibero-Americana de Medicina Familiar<\/a>, realizada em 2008 no Cear\u00e1. A c\u00fapula contou com mais de 300 participantes, representando os minist\u00e9rios da sa\u00fade de seus pa\u00edses (Am\u00e9rica Latina, Portugal e Espanha), e ainda Organiza\u00e7\u00e3o Panamericana de Sa\u00fade e Organiza\u00e7\u00e3o Mundial dos M\u00e9dicos de Fam\u00edlia e suas afiliadas ibero-americana e brasileira.<\/p>\n
\n\n
- Para que os sistemas de sa\u00fade propiciem os melhores benef\u00edcios que a Aten\u00e7\u00e3o Prim\u00e1ria \u00e0 Sa\u00fade (APS) pode assegurar, \u00e9 necess\u00e1rio que seu componente m\u00e9dico esteja constitu\u00eddo por especialistas da \u00e1rea, certificados\/titulados como M\u00e9dicos de Fam\u00edlia e Comunidade (MFC):\n
\n
- Benef\u00edcios da certifica\u00e7\u00e3o e recertifica\u00e7\u00e3o de especialista em MFC: \u00c9 necess\u00e1rio difundir as evid\u00eancias atuais (Shi.) e investigar outras evid\u00eancias desta iniciativa para a resolutividade da APS. Para isso \u00e9 fundamental a sinergia de pap\u00e9is entre as sociedades cient\u00edficas, universidades e outras organiza\u00e7\u00f5es relacionadas. Tal difus\u00e3o deve direcionar-se para os tomadores de decis\u00e3o, comunidade, m\u00e9dicos de outras especialidades e demais profissionais de sa\u00fade.<\/li>\n
- \u00c9 necess\u00e1rio criar incentivos para a disponibiliza\u00e7\u00e3o de M\u00e9dicos de Fam\u00edlia e Comunidade nos servi\u00e7os de APS, favorecendo seu desempenho, forma\u00e7\u00e3o cont\u00ednua e permanente e recertifica\u00e7\u00e3o peri\u00f3dica, com financiamento garantido por uma pol\u00edtica de estado que assegure a sustentabilidade no tempo.<\/li>\n<\/ol>\n<\/li>\n<\/ol>\n<\/blockquote>\n
<\/p>\n
\u00c9 isso o que venho defendendo, tanto atrav\u00e9s deste blog quanto em outros espa\u00e7os. J\u00e1 mencionei aqui, por exemplo, que os m\u00e9dicos de fam\u00edlia e comunidade prestam uma aten\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria \u00e0 sa\u00fade com mais qualidade<\/a>; que a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) defende a especializa\u00e7\u00e3o em medicina de fam\u00edlia e comunidade<\/a>; e que os m\u00e9dicos de fam\u00edlia e comunidade s\u00e3o fundamentais para o controle das doen\u00e7as cr\u00f4nicas n\u00e3o transmiss\u00edveis<\/a>.<\/p>\n
O pr\u00f3prio Minist\u00e9rio da Sa\u00fade retrocedeu nesse quesito. Os munic\u00edpios nunca receberam o incentivo relativo aos m\u00e9dicos de fam\u00edlia e comunidade<\/a>, e recentemente aquela portaria foi revogada. Por outro lado, com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Aten\u00e7\u00e3o B\u00e1sica (PMAQ-AB), os munic\u00edpios f\u00edsicos receber\u00e3o um incentivo ainda mais polpudo se suas equipes de sa\u00fade tiverem um bom desempenho. (M\u00eas passado dei uma palestra sobre o assunto<\/a>.)<\/p>\n