{"id":3854,"date":"2014-06-23T11:00:53","date_gmt":"2014-06-23T14:00:53","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=3854"},"modified":"2015-08-07T20:34:34","modified_gmt":"2015-08-07T23:34:34","slug":"como-cortar-o-sal-sem-sofrimento","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2014\/06\/23\/como-cortar-o-sal-sem-sofrimento\/","title":{"rendered":"Como cortar o sal sem sofrimento"},"content":{"rendered":"

Um tempo atr\u00e1s eu estava contando que a redu\u00e7\u00e3o do sal dos alimentos industrializados consumidos por toda a popula\u00e7\u00e3o diminuiria o n\u00famero de derrames (AVC<\/abbr>) e infartos<\/a> mais ou menos tanto quanto o tratamento medicamentoso das pessoas consideradas hipertensas. Melhor ainda, o governo federal fechou um acordo com a ind\u00fastria aliment\u00edcia para reduzir pela metade o sal dos alimentos industrializados ao longo de 10 anos<\/a>.<\/p>\n

O problema, eu dizia, \u00e9 que a maioria do sal consumido pelos brasileiros n\u00e3o vem de alimentos industrializados<\/a>, mas sim de sal e temperos prontos acrescentados \u00e0 comida feita em casa, seja na panela, seja no prato. Quem vai ao m\u00e9dico costuma ouvir que \u00e9 necess\u00e1rio tirar o sal da comida. Mas quem \u00e9 que consegue mesmo fazer isso?<\/p>\n

<\/p>\n

A boa not\u00edcia \u00e9 que as pessoas conseguem, sim, diminuir o sal da comida. A rela\u00e7\u00e3o do sal com a press\u00e3o arterial \u00e9 cont\u00ednua, ou seja, quanto mais sal, maior a press\u00e3o arterial. Os n\u00edveis recomendados de ingest\u00e3o di\u00e1ria de sal (metade da m\u00e9dia do brasileiro) foram escolhidos simplesmente por serem metas vi\u00e1veis, como j\u00e1 foi mostrado em v\u00e1rios estudos.<\/p>\n

Poucas pessoas, no entanto, est\u00e3o dispostas a cortar o sal pela metade. Pior ainda, as pessoas que comem mais sal do que a m\u00e9dia precisariam diminuir ainda mais. O segredo \u00e9 diminuir o sal aos poucos.<\/strong><\/p>\n

As pessoas percebem pouca ou nenhuma diferen\u00e7a entre a comida “normal” e a comida com 25% menos sal. Existem in\u00fameros sobre isso. Para ficar em um \u00fanico estudo, recomendo aos curiosos que leiam a experi\u00eancia de reduzir em 30% o sal do p\u00e3o na Argentina<\/a>, divulgada em 2011 pela Revista Panamericana de Salud Publica<\/cite>.<\/p>\n

Com o tempo, a pessoa se acostuma com aquela quantidade de sal, ent\u00e3o daqui a pouco pode reduzir ainda mais. Por exemplo: na d\u00e9cada de 80 o American Journal of Clinical Nutrition<\/cite> publicou um estudo onde as pessoas passaram a ingerir diariamente cerca de um ter\u00e7o da nossa m\u00e9dia<\/a>. O paladar das pessoas se adaptou ao longo de tr\u00eas meses, e da\u00ed em diante continuou sempre do mesmo jeito.<\/p>\n

Ent\u00e3o, diminuir o sal aos poucos significa que, a cada tr\u00eas meses, a pessoa passa a usar um quarto de sal a menos do que vinha fazendo nos \u00faltimos meses. Fica mais f\u00e1cil ainda se a fam\u00edlia toda cortar o sal ao mesmo tempo.<\/p>\n

Talvez o \u00fanico problema, e digo por experi\u00eancia pr\u00f3pria, \u00e9 come\u00e7ar a achar a comida dos outros salgada!<\/p>\n

Atualiza\u00e7\u00e3o: O artigo \u201cSal de menos parece fazer mal \u00e0 sa\u00fade<\/a>\u201d traz uma nova perspectiva sobre o assunto.<\/ins><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Diminuindo o sal aos poucos o paladar se acostuma.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[22,124,45,100,72],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3854"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3854"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3854\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4127,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3854\/revisions\/4127"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3854"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3854"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3854"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}