{"id":4363,"date":"2017-04-26T14:10:41","date_gmt":"2017-04-26T17:10:41","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=4363"},"modified":"2017-04-27T17:31:55","modified_gmt":"2017-04-27T20:31:55","slug":"andar-a-pe-ou-de-bicicleta-evita-cancer-infarto-e-derrame","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2017\/04\/26\/andar-a-pe-ou-de-bicicleta-evita-cancer-infarto-e-derrame\/","title":{"rendered":"Andar a p\u00e9 ou de bicicleta evita c\u00e2ncer, infarto e derrame"},"content":{"rendered":"

H\u00e1 muito tempo se sabe que atividade f\u00edsica faz bem para a sa\u00fade, e a falta de atividade f\u00edsica \u00e9 um dos 10 principais fatores de risco para a nossa sa\u00fade<\/a>.\u00a0Uma forma de resolver isso \u00e9 atrav\u00e9s de exerc\u00edcio f\u00edsico (atividade f\u00edsica planejada), mas na pr\u00e1tica pouca gente tem tempo. Outra forma \u00e9 incorporar a atividade f\u00edsica no dia-a-dia, como no deslocamento para o trabalho.<\/p>\n

Em um estudo rec\u00e9m publicado pela revista The BMJ<\/em>, pesquisadores da Esc\u00f3cia analisaram dados sobre morte e interna\u00e7\u00e3o hospitalar para mais de 250 mil pessoas que trabalhavam fora de casa, participantes de uma pesquisa com base populacional. Essas pessoas eram homens e mulheres com 40 a 69 anos de idade, e num dia t\u00edpico 5,4% iam a p\u00e9 para o trabalho, 2,5%\u00a0iam de bicicleta, e 13,7% misturavam algum desses meios de transporte ativo com algum meio passivo, como dirigir carro.<\/p>\n

\"Gr\u00e1fico<\/a>

\u00a9 2017 Carlos A Celis-Morales, Donald M Lyall, Paul Welsh, Jana Anderson, Lewis Steell, Yibing Guo, Reno Maldonado, Daniel F Mackay, Jill P Pell, Naveed Sattar, Jason M R Gill. CC BY 4.0<\/a>.<\/p><\/div>\n

<\/p>\n

As pessoas que iam trabalhar de bicicleta tiveram uma mortalidade 40% menor do que aquelas que utilizavam meios de transporte passivos. Al\u00e9m disso, quem ia trabalhar de bicleta ou a p\u00e9 tinha menor risco de interna\u00e7\u00e3o e de morte por doen\u00e7as circulat\u00f3rias (como infarto card\u00edaco e derrame), e quem ia trabalhar de bicicleta tinha menor risco de interna\u00e7\u00e3o e de morte por c\u00e2ncer.\u00a0Quanto maior a dist\u00e2ncia percorrida, maior o efeito protetor.<\/p>\n

Como os autores comentam, quem ia trabalhar a p\u00e9 ou de bicicleta tinha por isso uma quantidade maior de atividade f\u00edsica ao longo da semana, o que j\u00e1 se sabe estar associado a um menor risco de doen\u00e7as n\u00e3o transmiss\u00edveis, em especial doen\u00e7as do aparelho circulat\u00f3rio e c\u00e2ncer. Dessa forma, os resultados do estudo sugerem que pol\u00edticas de incentivo ao deslocamento ativo, como a demarca\u00e7\u00e3o de cilorrotas e o compartilhamento de bicicletas, ajudem a manter as pessoas saud\u00e1veis por mais tempo.<\/p>\n

Pessoalmente, ando cerca de 2,5 quil\u00f4metros a p\u00e9 num dia t\u00edpico, mas dificilmente fa\u00e7o ambos os percursos a p\u00e9, de forma que me enquadro no\u00a0que os autores chamaram de “modalidade mista: a p\u00e9”. (Tamb\u00e9m procuro me manter ativo durante o trabalho, por exemplo andando para outros setores em vez de telefonar, e usando as escadas em vez de o elevador.) Os resultados desse estudo s\u00e3o um incentivo para ir trabalhar de bicicleta, mas a seguran\u00e7a do tr\u00e2nsito no Brasil n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o boa quando no Reino Unido…<\/a><\/p>\n

Agrade\u00e7o aos m\u00e9dicos de fam\u00edlia espanh\u00f3is Juan Gerv\u00e1s e\u00a0Mercedes P\u00e9rez Fern\u00e1ndez pela dica do artigo.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O deslocamento ativo para o trabalho parece adiar o adoecimento e a morte por doen\u00e7as do aparelho circulat\u00f3rio e c\u00e2ncer.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[40,124,7,45,100,72],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4363"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4363"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4363\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4368,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4363\/revisions\/4368"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4363"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4363"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4363"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}