licen\u00e7a CC BY 4.0 Internacional<\/a>.<\/p><\/div>\n<\/p>\n
O novo estudo, publicado pela revista cient\u00edfica The Lancet<\/cite>, reuniu 189 pesquisas, com 3,9 milh\u00f5es de participantes. A grande diferen\u00e7a \u00e9 que esse estudo incluiu apenas participantes que nunca tinham fumado, de forma a evitar um grande confundimento: fumar emagrece ao mesmo tempo em que faz mal para a sa\u00fade. Isso s\u00f3 foi poss\u00edvel porque, em vez de utilizar reunir os resultados publicados em artigos, os autores revisaram os dados originais de cada um dos 189 estudos, excluindo os fumantes e realizando exatamente as mesmas an\u00e1lises, para ent\u00e3o reuni-las em uma grande an\u00e1lise.<\/p>\nO resultado, como d\u00e1 para ver no gr\u00e1fico acima, mostra claramente que o IMC mais saud\u00e1vel para a popula\u00e7\u00e3o geral, tanto homens quanto mulheres, \u00e9 aquele entre 22,5 e 25,0 kg\/m\u00b2. Os quadrados s\u00e3o proporcionais \u00e0 certeza sobre as estimativas, e as barras verticais indicam o intervalo dentro do qual se tem 95% de confian\u00e7a que est\u00e3o os valores verdadeiros. O padr\u00e3o foi o mesmo em todas as regi\u00f5es geogr\u00e1ficas (n\u00e3o foi analisado qualquer estudo da Am\u00e9rica do Sul), mas variou um pouco entre as faixas et\u00e1rias. Dos 35 aos 49 anos de idade, a faixa de IMC com menor risco de morte foi entre 20,0 e 22,5 kg\/m\u00b2, e dos 70 aos 89 anos a faixa de IMC entre 25,0 e 27,5 teve o mesmo risco da faixa 22,5 a 25,0. O melhor IMC tamb\u00e9m variou conforme a doen\u00e7a investigada: para morte por doen\u00e7a arterial coronariana (angina, infarto) ou c\u00e2ncer, a melhor faixa de IMC foi entre 20,0 e 22,5 kg\/m\u00b2; para doen\u00e7as respirat\u00f3rias (como asma e enfisema) as estimativas entre 22,5 e 27,5 foram ambas muito semelhantes; e para doen\u00e7a cerebrovascular (derrame) as estimativas entre 20,0 e 27,5 kg\/m\u00b2 foram todas muito semelhantes.<\/p>\n
Depois de todas essas an\u00e1lises, ficou claro que o melhor IMC pode variar um pouco de uma faixa et\u00e1ria para outra, e de uma doen\u00e7a para outra, mas em nenhuma circunst\u00e2ncia o sobrepeso (IMC de 25,0 a 25,9<\/del> 29,9 kg\/m\u00b2) \u00e9 melhor do que o peso recomendado (IMC de 18,5 a 24,9 kg\/m\u00b2). Essa conclus\u00e3o \u00e9 mais coerente com o que conhecemos sobre a rela\u00e7\u00e3o entre a obesidade e o desenvolvimento de doen\u00e7as cr\u00f4nicas n\u00e3o transmiss\u00edveis, e \u00e9 mais confi\u00e1vel devido aos m\u00e9todos utilizados nesse novo estudo.<\/p>\nVale lembrar que o IMC \u00e9 mais usado em pesquisas devido \u00e0 facilidade de ser calculado, mas a circunfer\u00eancia abdominal \u00e9 considerada um indicador mais fidedigno do risco de adoecimento<\/a>. Na popula\u00e7\u00e3o, a varia\u00e7\u00e3o do IMC entre as pessoas se deve principalmente \u00e0 varia\u00e7\u00e3o de gordura entre as pessoas; mas individualmente a massa n\u00e3o-gorda (m\u00fasculo, osso etc.) pode ser uma fonte de varia\u00e7\u00e3o de IMC. J\u00e1 a circunfer\u00eancia abdominal varia basicamente com o ac\u00famulo de gordura, tanto debaixo da pele quanto entre as v\u00edsceras e dentro delas.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"Estudo mais novo e melhor mostrou que as pessoas desmentiu que as pessoas com sobrepeso tenham maior expectativa de vida.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[63,45,64,27,102,109,100,32,25],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4466"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4466"}],"version-history":[{"count":7,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4466\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4476,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4466\/revisions\/4476"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4466"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4466"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4466"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}