{"id":830,"date":"2010-07-21T00:00:12","date_gmt":"2010-07-21T03:00:12","guid":{"rendered":"http:\/\/leonardof.med.br\/?p=830"},"modified":"2010-08-08T22:16:32","modified_gmt":"2010-08-09T01:16:32","slug":"agentes-comunitarios-de-saude-tem-mais-risco-de-contrair-tuberculose","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/leonardof.med.br\/2010\/07\/21\/agentes-comunitarios-de-saude-tem-mais-risco-de-contrair-tuberculose\/","title":{"rendered":"Agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade t\u00eam mais risco de contrair tuberculose"},"content":{"rendered":"

Pesquisadores da UFES<\/a> investigaram a sa\u00fade dos agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade de Cachoeiro do Itapemirim (ES), e descobriram que o trabalho do ACS aumenta seu risco de ser infectado pela micobact\u00e9ria que causa a tuberculose. A investiga\u00e7\u00e3o foi dividida em duas etapas, publicadas respectivamente no Jornal Brasileiro de Pneumologia<\/cite> de abril de 2009 e na Revista de Sa\u00fade P\u00fablica<\/cite> de abril de 2010.<\/p>\n

\"Imagem<\/a>

\u00a9 AJC1 (alguns direitos reservados<\/a>)<\/p><\/div>\n

Na primeira pesquisa<\/a>, 30 agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade do munic\u00edpio, bem como um familiar de cada ACS, foram testados para a tuberculose, atrav\u00e9s do teste tubercul\u00ednico, usando o PPD<\/abbr>. Tanto os ACS quanto seus familiares tinham propor\u00e7\u00f5es semelhantes de vacina\u00e7\u00e3o contra a tuberculose (com a BCG) e de conhecimento de algu\u00e9m com a doen\u00e7a. Mesmo assim, os agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade tinham uma chance 10 vezes maior de ter um teste positivo para a tuberculose que os seus familiares.<\/p>\n

<\/p>\n

Como a primeira pesquisa n\u00e3o envolvia nenhum acompanhamento, havia uma possibilidade te\u00f3rica de que o cont\u00e1gio pela tuberculose propiciasse que a pessoa trabalhe como agente comunit\u00e1ria de sa\u00fade, e n\u00e3o o contr\u00e1rio. Por isso, os pesquisadores fizeram uma segunda pesquisa<\/a>: acompanharam um grupo de 61 agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade que tinham o teste negativo durante um ano, e repetiram o teste a seguir. A propor\u00e7\u00e3o de agentes comunit\u00e1rios de sa\u00fade que tiveram o teste positivo foi 3 vezes maior no grupo que tinha pacientes com tuberculose em suas micro\u00e1reas, em compara\u00e7\u00e3o com o grupo que n\u00e3o seguiu tuberculosos.<\/p>\n

H\u00e1 muito tempo se sabe que profissionais de sa\u00fade t\u00eam um risco aumentado de contrair tuberculose. O que esses estudos acrescentaram foi a certeza de que o agente comunit\u00e1rio de sa\u00fade compartilha esse risco, mesmo n\u00e3o passando muito tempo dentro da unidade de sa\u00fade. (Leia tamb\u00e9m: Agente comunit\u00e1rio de sa\u00fade tem direito a adicional por insalubridade<\/a>.)<\/p>\n

Levando em considera\u00e7\u00e3o que h\u00e1 poucos anos o agente comunit\u00e1rio de sa\u00fade foi incorporado no combate \u00e0 tuberculose, \u00e9 necess\u00e1rio discutir formas de minimizar esse risco de cont\u00e1gio. Para colaborar, semana que vem publicarei um artigo sobre a hist\u00f3ria natural da tuberculose<\/a>. Vou contar os est\u00e1gios da doen\u00e7a, em que per\u00edodo ela \u00e9 contagiosa, e como podemos intervir em cada est\u00e1gio.<\/p>\n

Desde j\u00e1 deixo claro que o teste tubercul\u00ednico positivo significa que a pessoa foi infectada, mas n\u00e3o quer dizer que a pessoa esteja necessariamente doente.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Os ACS t\u00eam mais chance de ser infectados que seus pr\u00f3prios familiares, e os ACS que acompanham tuberculosos se infectam mais que os outros.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[18,91],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/830"}],"collection":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=830"}],"version-history":[{"count":12,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/830\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":1048,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/830\/revisions\/1048"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=830"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=830"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/leonardof.med.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=830"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}