Arquivo mensais:agosto 2017

Suplementos vitamínicos e minerais não previnem degeneração macular

A degeneração macular relacionada à idade é uma causa de cegueira entre os idosos, podendo evoluir em questão de meses. O risco de degeneração macular parece aumentar com os mesmos fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares como infarto e derrame, e alguns genes específicos foram identificados. Como se acredita que radicais livres estejam envolvidos, faz sentido pensar que vitaminas e/ou minerais antioxidantes possam ajudar a prevenir a instalação da doença.

No dia 30 de julho, a Colaboração Cochrane publicou uma revisão sistemática dos estudos onde suplementos vitamínicos e/ou minerais foram testados para a prevenção de degeneração macular. A revisão incluiu cinco estudos, com mais de 76 mil participantes, testando vitamina C (ácido ascórbico), betacaroteno (uma forma inativa de vitamina A), vitamina E (tocoferois, tocotrienois) e um suplemento multivitamínico (que também incluía vários minerais).

Em resumo, a revisão concluiu que:

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Crônicas da medicina de família

Acompanho os Causos clínicos desde seu início, há pouco mais de um ano. Trata-se de uma obra coletiva de médicos de família e comunidade brasileiros, revelando seu olhar sobre o encontro com as pessoas de quem eles cuidam. Mais do que medicamentos ou exames laboratoriais, sua matéria-prima são histórias de vida. Talvez sua melhor definição seja a conclusão de um dos primeiros “causos”: a atenção primária é uma cadeira na primeira fila para o espetáculo da vida.

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Considerações sobre a minuta da Política Nacional de Atenção Básica

Está no forno a nova Política Nacional de Atenção Básica — PNAB, para os íntimos. Depois de ter sido discutida em outras instâncias, a minuta da PNAB passou pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT, que articula secretários municipais e estaduais a Ministério da saúde), que abriu uma consulta pública.

Revisão da PNAB aberta à Consulta Pública até o dia 6 de agosto

Conselho Nacional de Saúde/Divulgação

Quando a versão anterior foi lançada, em 2011, esperei a publicação oficial da PNAB para comentá-la em uma revista científica e aqui no Doutor Leonardo. Desta vez, vou colocar o carro na frente dos bois, e comentar logo por aqui. Outra diferença é que, em vez de comentar a PNAB como um todo, detenho-me apenas em alguns pontos que me chamaram a atenção.

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