Recentemente Roberto Gordilho divulgou um artigo de Eduardo Campos, presidente do PSB e governador reeleito de Pernambuco, defendendo a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Nesse artigo Eduardo Campos fez coro com o presidente Lula em lamentar a derrubada da CPMF no Congresso Nacional:
Em um cenário de anos de defasagem da tabela de remuneração por procedimentos do SUS — o que faz com que, por exemplo, hospitais privados e profissionais autônomos não se interessem em prestar serviço ao sistema —, a queda da CPMF tirou a possibilidade de aplicação de R$ 40 bilhões ao ano na área — que, vale lembrar, vai muito além de hospitais.
Acontece que só um terço da CPMF era aplicado na saúde. E pior, a CPMF não aumentou em nada os recursos do Ministério da Saúde, de acordo com o ex-ministro Adib Jatene: Aprovada a CPMF, a área econômica retirou os recursos de outras fontes e, no fim das contas, o Ministério da Saúde passou a ter menos dinheiro que antes da aprovação do tributo.
Por isso, estou com o (ainda) ministro José Gomes Temporão. Perguntaram se ele era a favor da CSS, um novo imposto semelhante à CPMF, e ele respondeu: Sou a favor de R$ 50 bilhões a mais para a saúde.
Não importa se os recursos virão do Orçamento Federal ou de um novo tributo.