Há quatro anos, divulguei uma descoberta contraintuitiva: pessoas com sobrepeso (IMC entre o recomendado e a obesidade) pareciam ter uma expectativa de vida maior do que aquelas com o peso dito normal. O estudo tinha concluído isso reunindo 141 pesquisas, com 2,9 milhões de participantes, então isso não era algo para se desconsiderar. O problema era que as principais doenças crônicas não transmissíveis são agravadas pelo sobrepeso (em comparação ao peso recomendado), de forma que os próprios autores do estudo admitiram a necessidade de examinar melhor do que é que essas pessoas estavam morrendo.
No fim das contas, o nó acabou sendo desatado de outra forma, através de um estudo ainda mais apurado, que contradisse as conclusões do anterior.