Os meses de março e abril são o pico de circulação da dengue, e também dos comerciais de repelentes de mosquito. Os repelentes são eficazes em nível individual, mas não em nível coletivo, porque não dá para todo o mundo usar o tempo todo. E em nível de família, que fica no meio termo entre pessoa e comunidade?

Pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine avaliaram o efeito do repelente de mosquito sobre as pessoas que não usam o repelente. Foram usadas duas formulações, uma natural (citronela), e outra sintética (dietiltoluamida). Ambas são eficazes em quem as usa, e por isso causaram ainda mais picaduras em pessoas próximas que não tinham usado o repelente.

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O cientista brasileiro Osvaldo Marinotti desenvolveu, nos Estados Unidos, uma versão geneticamente modificada do Aedes aegypti capaz de transmitir uma doença genética para os mosquitos da dengue normais. Confira a notícia no Agência Brasil:

Os mosquitos transgênicos estão atualmente passando por testes em “grandes gaiolas” no México. De acordo com o pesquisador, o uso do mosquito vai depender dos resultados desses testes, realizados em um sistema de contenção, sem soltar os animais na natureza.

A dengue tem castigado o brasileiro há quase 20 anos, mas parece que em poucos anos será tecnologicamente viável controlar a doença de forma mais efetiva. A vacina para a dengue já está próxima, volta e meia desenvolvem alguma técnica nova de eliminar as larvas, e agora temos a promessa do mosquito trangênico. Todas essas armas têm suas limitações, mas cada uma age em uma fase diferente do ciclo reprodutivo do vírus da dengue, e por isso o uso combinado das técnicas deve ser ainda mais efetivo.