Li recentemente na revista CartaCapital (nº 604, 14 de julho, p. 17) uma máteria sobre a preocupação com o número de casos de dengue de 2010, bem como com uma possível piora no ano que vem. Mas o que me chamou a atenção foi uma menção a uma entrevista com o ex-ministro Adib Jatene, que tinha sido publicada no número 578, 13 de janeiro de 2010. O Brasil tinha um plano de erradição do Aedes aegypti, mas não o colocou em prática por falta de dinheiro.
O presidente (Fernando Henrique) aprovou o plano, que usaria dinheiro da CPMF. Custaria, em três anos, cerca de 4 bilhões de reais. Mas não foi feito. Aprovada a CPMF, a área econômica retirou os recursos de outras fontes e, no fim das contas, o Ministério da Saúde passou a ter menos dinheiro que antes da aprovação do tributo.