Rio de Janeiro amplia Saúde da Família

O município do Rio de Janeiro é conhecido por investir muito pouco em Saúde da Família e outros tipos de serviços de saúde não hospitalares. Por isso, fiquei muito feliz com a notícia de que mais 36 mil pessoas moradores dos bairros Santa Cruz e Paciência, no Rio de Janeiro, terão acesso a uma atenção à saúde diferenciada. Confira o informe da Agência Brasil:

Inauguração da primeira Clínica da Família, no bairro Realengo

© Notícias Rio (divulgação)

As clínicas da Família vão oferecer consultas, visita domiciliar, atendimento de saúde bucal, vacinação, pré-natal, exames de laboratório, tratamento e acompanhamento de diabetes e hipertensão e outras doenças.

“O Rio de Janeiro sempre foi a pior capital do Brasil em atenção primária e esse é um nível de atenção que organiza a área da saúde. Com esse modelo, além do atendimento personalizado, a gente vai ter chance, finalmente, de ordenar esse sistema de saúde no Rio de Janeiro”, destacou o secretário de Saúde e Defesa Civil da cidade, Hans Dohman.

Levando em consideração os padrões habituais de recursos humanos do SUS, imagino que serão 12 equipes de saúde, distribuídas em dois centros de saúde. A movimentação de pacientes e funcionários será maior que muitos hospitais de interior.

Só não vale esquecer de que construir prédio é barato, o caro é pagar os salários e os insumos de um hospital ou unidade de saúde. De qualquer forma, espero que essa inauguração marque uma virada na política de saúde do município, que vinha deixando muito a desejar. Até com a dengue a população da cidade vinha sofrendo mais por causa da administração pública. (Leia também: Como usar seu voto para prevenir a dengue.)

4 pensou em “Rio de Janeiro amplia Saúde da Família

  1. Roberto Gordilho

    A construção de duas ou três unidades de saúde da família no RJ é um fato realmente importante, mas a cidade apresenta uma situação muito difícil para expansão do programa de forma consistente devido ao problema da violência urbana. No RJ a implantação de qualquer programa consistente nas favelas depende de negociação ou autorização dos traficantes e das milícias e/ou da explusão dos mesmos através de ações da polícia. Nos dois casos resulta em violência: uma física outra moral.

    Estudo a características das cidades para implantação de programas saúde, e o RJ é a cidade mais complicada para trabalhar devido a geografia e aos problemas de facções criminosas.

    Existe violência em praticamente todas as grandes e médias cidades do Brasil, mas no RJ as facções criminosas se tornaram verdadeiros poderes paralelos que não permitem a chegada do estado às comunidades, mais que dinheiro este é o grande problema.

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