Não existem dúvidas de que o uso moderado do álcool, em comparação ao uso excessivo, diminui o risco de infarto agudo do miocárdio e vários outros problemas de saúde. O problema está na comparação entre o uso moderado e a abstinência, ou seja, entre beber pouco e não beber. Há algumas décadas vários estudos têm mostrado que as pessoas que consomem bebidas alcoólicas (não apenas vinho) com moderação têm menor risco de infarto que as pessoas abstinentes, ou seja, que não bebem nem um pouco. Mas… será que deveríamos recomendar a estas pessoas que bebam pelo menos um pouco? Dois estudos publicados dia 22 de fevereiro no British Medical Journal resumem o progresso da ciência no sentido de responder a essa questão.
O primeiro artigo resumiu os estudos que observaram ao longo do tempo o efeito do álcool sobre a saúde do aparelho circulatório. Foram 84 estudos, e acompanharam ao todo mais de 3 milhões de pessoas, ao longo de 2,5 a 35 anos, nos EUA, Canadá, vários países da Europa, Austrália, Nova Zelândia, Japão e China. Essa revisão da literatura científica comprovou que o uso moderado do álcool, em relação ao não uso, está associado a: