Arquivo do Autor: Leonardo Fontenelle

Revista da especialidade é reconhecida internacionalmente

Notícia rápida: a Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, criada em 2004, foi incluída no Latindex, que é um sistema de informação sobre as revistas de investigação científica, técnico-profissional e de divulgação científica e cultural editadas nos países da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal. De acordo com a página da revista no Latindex, a RBMFC cumpriu todos os 36 quesitos avaliados.

Capa da última edição da revista.

A revista ainda não foi incluída no Lilacs ou no PubMed, que são os índices mais utilizados no Brasil. O maior obstáculo tem sido a falta de periodicidade, causada pela facilidade de médicos de família e comunidade publicarem suas pesquisas em revistas científicas mais reconhecidas. Felizmente, a RBMFC recebeu uma série de melhorias, que deverão torná-la mais atraente para os pesquisadores, e em breve essa deficiência de indexação deverá ser superada.

Todos os médicos serão especialistas

O ministro da saúde, Alexandre Padilha, afirmou em entrevista que em 10 anos haverá vaga de residência médica para todos os médicos recém-formados. A residência médica é considerada a melhor forma de se especializar um médico. Durante os dois ou mais anos de residência médica, o profissional atua numa especialidade sob supervisão de especialistas reconhecidos, além de aprofundar seus estudos na área.

Ministro da saúde, Alexandre Padilha, discursando.

Há muito tempo os estudiosos da educação médica concordam que a faculdade não é o suficiente para formar um médico adequado. O avanço no conhecimento médico, o maior nível de exigência da sociedade e dos próprios médicos, e a ênfase da graduação em apresentar uma grande variedade de conhecimentos, tudo isso contribuiu para que o médico recém-formado saiba um pouco de tudo, mas não seja competente o suficiente em área alguma.

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Doutor Leonardo entre os 30 mais votados da semana

Se você é uma das mais de 100 pessoas que assinaram o Doutor Leonardo desde maio deste ano, talvez não saiba que este blog está concorrendo ao prêmio Top Blog 2011.

Pois a comissão organizadora começou a divulgar uma lista dos 30 blogs mais votados de cada semana, em cada categoria. E nesta primeira semana a lista incluiu o Doutor Leonardo! Tudo indica que o blog terminará a primeira etapa entre os 100 blogs mais votados da categoria saúde, e assim poderá participar da segunda etapa, onde tanto os internautas quanto a comissão organizadora escolherão os 3 melhores blogs de cada categoria.

Por isso, vote no Doutor Leonardo, e divulgue para seus amigos!

Não sou especialista em SKL

O Fantástico deste domingo divulgou o caso de uma adolescente com síndrome de Kleine-Levin, e citou Leonardo Fontenelle como especialista no assunto. Só que não sou eu. Presumo que se trate do psiquiatra Leonardo Franklin da Costa Fontenelle, um professor da UFRJ de renome por sua produção científica.

Eu sou médico de família e comunidade. Na minha especialidade tratamos de uma série de transtornos mentais com frequência, mas certamente SKL não é um deles!

Vale a pena lembrar que, se você está preocupado(a) com sua sonolência, ou com a de alguém querido(a), é difícil conseguir uma ajuda decente por e-mail. Essas coisas precisam ser resolvidas em consulta médica de verdade. Além disso, antes de procurar um especialista em uma síndrome rara, que tal avaliar as causas mais comuns de sonolência?

CartaCapital destaca importância do médico de família e comunidade

Eu não poderia deixar de divulgar uma matéria da revista CartaCapital de 29 de junho sobre a importância do médico de família e comunidade — Nada como um médico de família. O texto de Rogério Tuma citou uma série de estudos realizados na Europa e nos Estados Unidos; as conclusões giraram em torno da importância de se ter um médico generalista, que centralize os cuidados de saúde da pessoa e tenha acesso a todos os recursos necessários. Você pode conferir a íntegra da matéria no site da SBMFC, mas destaco um trecho abaixo:

Desses estudos tiramos a seguinte lição: ter um médico que conheça toda a sua história clínica e de sua família é fundamental. Esse médico precisa saber tudo o que acontece com você e deve ser o primeiro a ser consultado e a orientá-lo, mas, além das qualidades inerentes à atividade, esse profissional precisa ter a humildade de saber que não poderá resolver tudo e deverá ter um relacionamento profissional com bons especialistas que o ajudem em caso de problemas específicos.

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Cálcio e vitamina D só previnem fraturas em idosos no asilo?

A osteoporose não dói, mas aumenta silenciosamente o risco de fraturas espontâneas ou por quedas da própria altura. Por isso, cientistas do Reino Unido ligados à Colaboração Cochrane realizaram uma revisão sistemática das pesquisas que abordaram a eficácia dos suplementos de cálcio e vitamina D sobre o risco de fratura por osteoporose.

Fotografia de vidro quebrado contra o sol

Duas pesquisas, realizadas em asilos franceses, tiveram resultados realmente animadores. Os idosos que usaram o suplemento tiveram um risco 25% menor de fraturas de quadril, que são justamente as fraturas com maior impacto sobre a mobilidade e a expectativa de vida.

Já os estudos realizados na comunidade não encontraram benefício algum. Foram 6 pesquisas, envolvendo 43 mil pessoas, a maioria delas de alto risco (por exemplo, antecedente de fratura espontânea), e mesma assim não foi comprovada diferença entre as fraturas com e sem suplementos. Isso vale tanto para as fraturas de quadril quanto para as outras, como as de coluna vertebral.

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Suplementos com cálcio parecem causar infarto

O British Medical Journal publicou, em 2010 e 2011, dois estudos que revisaram o efeito dos suplementos de cálcio, com ou sem vitamina D, sobre o risco de infarto agudo do miocárdio e AVC (derrame). Foram incluídas 9 pesquisas, com mais de 28 mil homens e mulheres de meia-idade e idosos; o risco de infarto se mostrou 24% maior entre as pessoas que tomavam suplementos com cálcio.

Pó de carbonato de cálcio sobre um prato transparente, sobre um fundo negro.

No primeiro estudo, que abordou apenas os suplementos de cálcio sem vitamina D, foi possível ainda analisar a influência do cálcio da alimentação. As pessoas cuja alimentação continha mais de 800mg de cálcio por dia tiveram um aumento de 85% em seu risco de infarto com o uso dos suplementos; já as pessoas com dieta pobre em cálcio podiam usar os suplementos sem risco adicional. Essa diferença é ainda mais importante ao considerarmos que uma alimentação com 800mg de cálcio por dia é o suficiente para minimizar fraturas de osteoporose. Com uma ingestão diária maior do que 800mg, o risco de fratura continua o mesmo, e talvez até aumente.

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Prevenção de fratura por osteoporose: bastam 800mg de cálcio por dia

Pesquisadores da Suécia seguiram mais de 60 mil mulheres durante 19 anos, e avaliaram a relação entre o consumo de cálcio nos alimentos (poucas mulheres usavam suplementos de cálcio e/ou vitamina D) e o risco de fratura ou osteoporose. A conclusão, publicada este ano no British Medical Journal, é que as mulheres de meia-idade que ingerem cálcio acima da média apresentam um risco de osteoporose e fratura igual (ou maior) ao das com uma ingestão média.

Gráfico do risco ajustado de fratura osteoporótica de quadril, em função da ingestão diária de cálcio, usando 800mg como referência.

Mulheres que ingeriam menos de 750 mg de cálcio por dia tiveram um risco 32% maior de sofrer uma ou mais fraturas de quadril, e um risco 47% maior de desenvolver osteoporose. Essas eram as mulheres para as quais um consumo adequado de vitamina D também diminuía o risco de fratura.

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Pediatra em promoção

O blog O Pediatra.com está em promoção: traga 20 assinantes e ganhe um blogueiro feliz! Andre Bressan, pediatra das cidades de Santos e São Paulo, é um companheiro de Planeta Saúde Brasil, e seu blog está concorrendo ao prêmio TOPBLOG 2011.

O Doutor Leonardo também está concorrendo ao prêmio, mas se por algum motivo você não quiser votar neste blog, considere votar no pediatra!

Planos de saúde terão prazo para consulta médica

Daqui a 3 meses os planos de saúde serão obrigados a providenciar consulta médica e de outras profissões, exames complementares e outros procedimentos dentro de certos prazos, conforme a nova norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso das especialidades médicas básicas e odontologia, o prazo será de 7 dias; nas demais, 14 dias. O atendimento por outros profissionais terá um prazo de 10 dias, e por aí em diante.

Por outro lado, os profissionais e serviços não serão obrigados a prazo algum. Dessa forma, os planos de saúde serão obrigados, por exemplo, a disponibilizar consulta com psicólogo em até 10 dias, mas não necessariamente com o psicólogo da preferência do cliente.

A ANS admitiu em nota à imprensa não ter como interferir na agenda de cada profissional ou serviço de saúde, e por isso não ser capaz de garantir prazo para atendimento pelo profissional ou serviço de escolha da pessoa. Na verdade, nem os planos de saúde têm como interferir na oferta de vagas, devido à forma como se relacionam com os profissionais.

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