Arquivo do Autor: Leonardo Fontenelle

Promoção de 6 meses do Doutor Leonardo

Parece que foi ontem que anunciei a nova fase do Planeta Saúde Brasil, e em seguida resolvi informar à população que não se usa colírio no teste do olhinho. Uma coisa puxou outra, e um projeto de muito tempo começou a se realizar. Agora o Doutor Leonardo está completando 6 meses de idade: está na hora de introduzir outros alimentos da dieta, sem abrir mão do leite materno :)

Fotografia de divulgação

Infelizmente, não consigo publicar aqui tudo aquilo que gostaria. Falta tempo para tanto assunto! Além disso, existem muitas abordagens: recomendações, opiniões, notícias, análises de artigos científicos… Por isso, estou lançando a promoção de 6 meses do Doutor Leonardo, onde os leitores (e leitoras!) poderão opinar sobre tudo que foi publicado até agora, e ainda concorrer a um moderno pendrive Kingston com 4GB de memória.

Para participar da promoção, basta acessar a página Promoção, responder a todas as perguntas do formulário, e então clicar em Enviar. As respostas deverão ser enviadas até a meia-noite do dia 10 de agosto, horário de Brasília. Importante! Mesmo que o formulário de participação esteja disponível dia 11 de agosto, só concorrerão ao brinde as respostas enviadas antes do prazo. Correção: o prazo foi estendido até a meia-noite do dia 13 de agosto, pelos motivos expostos neste artigo.

O resultado será divulgado no próprio Doutor Leonardo, uma a duas semanas após o encerramento da promoção. Para evitar conflito de interesses, meus parentes e as pessoas que trabalham em minha unidade de saúde não vão concorrer ao brinde. Além disso, o sorteio será completamente automatizado através de um programa de computador.

Hotmail faz as pazes com o Doutor Leonardo

Desde o dia 13 deste mês o Hotmail vinha bloqueando os e-mails enviados pelo Doutor Leonardo, por motivos fora de meu controle. As empresas envolvidas já foram notificadas, mas não se comprometeram com prazo algum. Em vez de ficar esperando, resolvi dar um jeito de contornar o problema. A mudança já está em funcionamento, e a maioria dos usuários não deve perceber diferença alguma.

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Brasil poderia ter acabado com a dengue na década de 90

Li recentemente na revista CartaCapital (nº 604, 14 de julho, p. 17) uma máteria sobre a preocupação com o número de casos de dengue de 2010, bem como com uma possível piora no ano que vem. Mas o que me chamou a atenção foi uma menção a uma entrevista com o ex-ministro Adib Jatene, que tinha sido publicada no número 578, 13 de janeiro de 2010. O Brasil tinha um plano de erradição do Aedes aegypti, mas não o colocou em prática por falta de dinheiro.

Fotografia de Adib Jatene

Divulgação

O presidente (Fernando Henrique) aprovou o plano, que usaria dinheiro da CPMF. Custaria, em três anos, cerca de 4 bilhões de reais. Mas não foi feito. Aprovada a CPMF, a área econômica retirou os recursos de outras fontes e, no fim das contas, o Ministério da Saúde passou a ter menos dinheiro que antes da aprovação do tributo.

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Medicamento genérico é melhor que similar

Os medicamentos genéricos já existem no Brasil há cerca de 10 anos, e muita gente ainda não entendeu o que são. Quando acaba a patente de um medicamento, qualquer laboratório pode criar um produto similar sem pagar royalties à empresa que detinha a patente. Só que esses medicamentos similares não são intercambiáveis, ou seja, o fato de uma marca ser segura e eficaz não garante que a outra marca também será. Mesmo tendo a mesma apresentação (por exemplo, comprimidos), princípio ativo (paracetamol) e dose (750mg).

Embalagem de medicamento genérico.

Já o medicamento genérico passa por testes de bioequivalência, garantindo que a absorção acontecerá na mesma velocidade e na mesma quantidade que no medicamento de referência (aquele que era patenteado). A maioria das pessoas no Brasil sempre comprou medicamentos similares ou manipulados, então não vejo o motivo da desconfiança com os genéricos.

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Agentes comunitários de saúde têm mais risco de contrair tuberculose

Pesquisadores da UFES investigaram a saúde dos agentes comunitários de saúde de Cachoeiro do Itapemirim (ES), e descobriram que o trabalho do ACS aumenta seu risco de ser infectado pela micobactéria que causa a tuberculose. A investigação foi dividida em duas etapas, publicadas respectivamente no Jornal Brasileiro de Pneumologia de abril de 2009 e na Revista de Saúde Pública de abril de 2010.

Na primeira pesquisa, 30 agentes comunitários de saúde do município, bem como um familiar de cada ACS, foram testados para a tuberculose, através do teste tuberculínico, usando o PPD. Tanto os ACS quanto seus familiares tinham proporções semelhantes de vacinação contra a tuberculose (com a BCG) e de conhecimento de alguém com a doença. Mesmo assim, os agentes comunitários de saúde tinham uma chance 10 vezes maior de ter um teste positivo para a tuberculose que os seus familiares.

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Saúde da família amplia acesso a pré-natal no SUS

O Ministério da Saúde divulgou que o número de consultas de pré-natal realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 125% entre os anos de 2003 e 2009. De acordo com o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, uma das causas seria o aumento do número de equipes de Saúde da Família. Durante o período estudado, a cobertura da Saúde da Família aumentou de 35% para 50% da população brasileira, e uma das atribuições da equipe de Saúde da Família é realizar consultas e solicitar exames de pré-natal.

Família esperando mais um membro

© Nils Fretwurst (alguns direitos reservados)

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Depois dizem que salada não enche

Um dia desses eu fui o último a fazer o prato, e havia sobrado salada a mais. Não tive dúvida: fiz um pratão de salada, e não sobrou lugar para o resto da comida. Pensei: Depois eu pego o resto! Pois bem. Terminei o prato de comida, tomei café, escovei os dentes, e só umas horas depois é que percebi que tinha esquecido de comer o frango, o arroz e o feijão.

Projeto de lei aumenta 50% orçamento federal da saúde

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou dia 7 o Projeto de Lei nº 156, de 2007, que regulamenta a Emenda Constitucional nº 29. O projeto destina 18% dos recursos federais para a saúde, e define o que é e o que não é gasto com saúde. De acordo com a Agência Senado, agora o projeto de lei deverá ser avaliado pelas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), ambas do Senado. (Até Lula admite que a saúde precisa de mais verba.)

Em 2007 apenas 5,1% do orçamento real da União foi para as despesas de saúde (veja as contas a seguir). Então, o primeiro título que imaginei para este artigo foi Projeto de lei triplica orçamento federal da saúde. Infelizmente, isso não é verdade. O Projeto de Lei nº 156/2007 usa uma base de cálculo diferente, que é a receita corrente líquida. Na prática, o projeto de lei só aumenta em 50% a destinação de verba federal para as ações de saúde, o que é decepcionante. Desde antes da criação do SUS já se pleiteava uma vinculação de ao menos 10% do orçamento da União para a saúde, ou seja, a expectativa da regulamentação da EC 29 é de que o gasto federal com a saúde duplique.

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Como está sua alimentação?

Graças ao blog Nutrição Para Todos, fiquei sabendo que o Ministério da Saúde disponibilizou um teste online para as pessoas avaliarem a qualidade de sua própria alimentação. O teste é construído com base no conceito de pirâmide alimentar, que é de fácil compreensão pelas pessoas, além de ser o mais adotado pelos profissionais de saúde. Por exemplo, a pirâmide alimentar foi adotada em pelo menos um dos dois principais estudos da prevenção do diabetes mellitus. (Leia também: Como prevenir o diabetes mellitus.)

Mão segurando uma caneta

© Alex France (alguns direitos reservados)

O teste online é igual àquele incluído na versão de bolso do Guia Alimentar da População Brasileira, que divulguei poucos meses atrás. Como o teste só dá o resultado total, é bom ler depois o guia para saber qual parte da alimentação precisa ser melhorada, e como.