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Para que usar cinto de segurança no banco de trás?

Andar no banco de trás do carro diminui o risco num acidente de trânsito. Pesquisadores dos EUA confirmaram em 2004 que passageiros dos assentos traseiros têm risco 39% menor de morrer numa batida de carro, quando comparados a passageiros dos assentos dianteiros. Contando tanto as mortes quanto as lesões graves, ocupar o assento traseiro diminui o risco em 33%. Vai ver é por isso que as pessoas não usam cinto de segurança no banco de trás.

Pessoas com cinto de segurança no assento traseiro

O Código Nacional de Trânsito tornou obrigatório o uso do cinto de segurança no final do século passado, sem exceção para os passageiros do banco de trás. Mesmo assim, a maioria das pessoas entendeu que o cinto de segurança só seria necessário para o motorista e o carona, até porque a fiscalização só estava multando quem não usava o cinto de segurança no banco da frente.

Deixando a lei um pouco de lado, será que o cinto de segurança realmente protege quem vai no banco de trás?

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Chocolate amargo pode prevenir insuficiência cardíaca

Pesquisadores suecos acompanharam quase 32 mil mulheres (com 48 a 83 anos de idade) durante 9 anos, recolhendo uma série de informações sobre seu estilo de vida e sobre sua saúde, e observaram que as mulheres que comiam chocolate tinham uma taxa de internação ou morte por insuficiência cardíaca 26% menor que a das mulheres que nunca consumiam o alimento. No início do estudo, nenhuma mulher tinha diabetes mellitus ou antecedente de insuficiência cardíaca ou infarto cardíaco. O efeito só apareceu para as mulheres que comiam chocolate com uma frequência entre 1 vez ao mês e 2 vezes por semana; comer chocolate 3 vezes ou mais por semana era tão ruim quanto não comer nem um pouco de chocolate. (Fonte: Medicina de Família.)

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Indústria farmacêutica pode ter manipulado estudo com o Crestor

A rosuvastatina (Crestor) é um medicamento do grupo das estatinas. Assim como sinvastatina, atorvastatina e outras, a rosuvastatina é capaz de diminuir os níveis de colesterol no sangue, e em alguns casos até de diminuir a mortalidade cardiovascular (por problemas cardíacos e circulatórios). De dois anos para cá a a rosuvastatina virou moda, em grande parte por causa de um estudo que mostrou uma diminuição pela metade no risco de infarto agudo do miocárdio (enfarte do coração) e de acidente vascular cerebral (AVC, derrame) em pessoas com níveis normais de colesterol.

Várias pílulas saindo de uma caixinha derrubada aberta sobre uma mesa

© Michael Chen (alguns direitos reservados)

O problema é que, em 28 de junho de 2010, o Archives of Internal Medicine publicou um novo estudo, em que outra equipe de pesquisadores reanalisou os dados da pesquisa anterior, e chegou à conclusão de que os resultados do experimento não dão suporte ao uso de estatinas para a prevenção […] de doenças cardiovasculares, e levanta questões perturbadoras com relação ao papel dos patrocinadores comerciais. (Fonte: KevinMD.com.)

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Nem sempre é melhor prevenir do que remediar

Passei em frente a uma clínica de ultrassonografia, e encontrei uma faixa incentivando todo o mundo a fazer um ecodoppler de suas carótidas. É um exame inofensivo, que avalia o fluxo sanguíneo nas artérias carótidas. Se houver uma obstrução, isso pode indicar uma placa de colesterol. O estreitamento (estenose) da carótida provocado pela placa de colesterol é um dos principais fatores de risco para um AVC (derrame), e existe uma cirurgia capaz de remover a placa de colesterol e prevenir o AVC.

Pessoa sendo submetida a ecodoppler vascular das artérias carótidas

© Greg Younger (alguns direitos reservados)

O exame parece ideal para ser incluído num check-up anual, mas antes de procurar seu médico confira o raciocínio a seguir. Você vai ver que as coisas não são tão bonitas assim.

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Teste da orelhinha já é obrigatório

Segunda-feira passada o presidente sancionou a lei que obriga as maternidades e hospitais a fazer o teste da orelhinha (emissões otoacústicas evocadas) em todas as crianças nascidas no serviço. O exame permite a detecção precoce da deficiência auditiva, o que é fundamental para garantir o desenvolvimento normal da linguagem. Estima-se que, para cada 1000 recém-nascidos, entre 1 e 6 tenham algum grau de deficiência auditiva. O problema é muito mais frequente do que as doenças investigadas pelo teste do pezinho: a fenilcetonúria, por exemplo, só acontece em 0,07 criança em cada 1000. (Leia também: Nem sempre é melhor prevenir do que remediar.)

Teste da orelhinha sendo realizado num bebê

© Wellcome Images (alguns direitos reservados)

Para que a criança aprenda a falar e a entender o que os outros estão falando, é necessário que o exame seja realizado antes dos 3 meses de vida, e que a intervenção seja iniciada antes dos 6 meses. Normalmente, a família e o médico só percebem o problema quando a criança já está com 1 a 4 anos de idade.

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A história da tuberculose: do contágio aos sintomas e à cura

Um amigo me pediu para escrever um artigo específico sobre tuberculose: os tipos, os sintomas, quando procurar o médico, tratamento, estatísticas… Na verdade, ele já sabia a maior parte do que me pediu para descrever, mas ele estava preocupado com muita desinformação por parte dos médicos e preconceito por parte da população, apesar de existir cura na maioria dos casos. O assunto ficou ainda mais relevante depois que descobri que os agentes comunitários de saúde têm mais chance que seus familiares de serem infectados pela tuberculose. Não dá para escrever tudo o que ele pediu, então vou focar na história natural da doença: como se pega, como se adoece, e como se cura.

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Conheça os benefícios do aleitamento materno para a saúde da mãe

Confesso que cheguei meio desavisado à Semana Mundial do Aleitamento Materno. Mas é impossível passar batido por um assunto tão importante, quando se tem companheiros como o Blog do Pediatra em Casa (Começa hoje a Semana Mundial de Aleitamento Materno) ou o Aprendendo a Vida (Senado aprova licença maternidade de seis meses).

Os Cadernos de Saúde Pública de 3 de agosto de 2008 publicaram uma ampla revisão da literatura sobre o assunto, realizada por pesquisadoras do Instituto de Saúde. Acredito que todo o mundo conheça algum benefício do aleitamento materno para a saúde da criança, então hoje trago para vocês os benefícios da amamentação para a saúde da própria mãe.

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Como está sua alimentação?

Graças ao blog Nutrição Para Todos, fiquei sabendo que o Ministério da Saúde disponibilizou um teste online para as pessoas avaliarem a qualidade de sua própria alimentação. O teste é construído com base no conceito de pirâmide alimentar, que é de fácil compreensão pelas pessoas, além de ser o mais adotado pelos profissionais de saúde. Por exemplo, a pirâmide alimentar foi adotada em pelo menos um dos dois principais estudos da prevenção do diabetes mellitus. (Leia também: Como prevenir o diabetes mellitus.)

Mão segurando uma caneta

© Alex France (alguns direitos reservados)

O teste online é igual àquele incluído na versão de bolso do Guia Alimentar da População Brasileira, que divulguei poucos meses atrás. Como o teste só dá o resultado total, é bom ler depois o guia para saber qual parte da alimentação precisa ser melhorada, e como.

Como prevenir o diabetes mellitus

O aumento da taxa de glicose no sangue é um dos fatores de risco que mais causam mortes precoces e incapacidade no Brasil. Existem sintomas sugestivos de diabetes, mas o melhor é descobrir a doença logo no começo. A pessoa com risco aumentado de desenvolver diabetes pode e deve fazer exames, mas não é só isso. Também é possível prevenir o diabetes mellitus.

A prevenção do diabetes envolve medidas capazes de diminuir outros fatores de risco para doenças cardíacas. Estudos preliminares indicam inclusive que os pré-diabéticos que entram em programas de prevenção do diabetes têm menores taxas de complicações do aparelho circulatório.

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África testa anel vaginal para prevenir transmissão sexual do HIV

A International Partnership for Microbicides anunciou terça-feira que está iniciando um estudo clínico da segurança e eficácia de um anel vaginal que promete diminuir o risco de uma mulher contrair o vírus da AIDS durante uma relação sexual. O anel libera gradualmente um medicamento chamado dapivarina dentro da vagina, da mesma forma que os aneis vaginais mais conhecidos liberam hormônios para evitar a gravidez.

Anel vaginal com dapivirina

© Andrew Loxley/IPM (divulgação)

O anel vaginal usado no [estudo] é feito de silicone flexível, é durável e pode ser facilmente distribuível, tornando-o adequado ao uso em países em desenvolvimento. Cada anel libera gradualmente 25 mg do medicamento antirretroviral dapivirina ao longo de 28 dias, potencialmente proporcionando proteção sustentada contra o HIV. O anel é fabricado pela IPM, que tem uma licença gratuita da dapivirina da Tibotec Pharmaceuticals, uma divisão da Johnson & Johnson.

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